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Espiritualidade e delicadeza se encontram no disco “Ecos”, de Bia Sabino


A ternura e versatilidade de Bia Sabino integra o disco “Ecos”, primeiro de inéditas da cantora e compositora. No trabalho, ela une todos os conhecimentos que adquiriu nos palcos desde a infância, as viagens pelo mundo, sua experiência como artista circense e a formação profissional como geóloga. “Ecos” contou com a produção musical de Glaucus Linx (Elza Soares, Isaac Hayes, Salif Keita, Alabê KetuJazz) e está disponível nas plataformas de streaming.

Ouça “Ecos”: smarturl.it/EcosSpotify

Bia Sabino cresceu com a arte. Aprendeu a amar o repertório de cantigas de ninar da mãe, a cantarolar todo o hino nacional aos 2 anos de idade e a ter responsabilidade aos 5, quando participou do coral do colégio. O talento precoce amadureceu e apresenta um disco cheio de experiências da vida. “Ecos” são 13 faixas que refletem a transformação e o amadurecimento da artista e sua visão integral do mundo.

O álbum versa sobre como a intimidade transforma as pessoas, deixando tudo ao redor diferente sem que se perceba. É a lei da ação e reação em sua forma mais sutil. Cada pedacinho das canções mostra um pouco de Bia e sua intimidade e doçura com relacionamentos, cotidiano e espiritualidade.

“O mundo me transforma, eu transformo o mundo. Somos uma onda, conectados em todos os sentidos por vibrações que emanamos e recebemos. Além daquela parte-essência que existe em nós e que ninguém consegue explicar, somos a soma, o produto, a divisão de tudo o que já nos tocou. ‘Ecos’ fala das conexões e experiências humanas como um fator transformador de quem somos, quem queremos ser e o mundo que criamos à nossa volta”, diz Bia.

“Ecos” consolida uma busca por identidade, dividindo-se em dois momentos. O começo, extremamente solar, fala sobre nascimentos e descobertas do mundo; e a parte final, bem soturna, é uma jornada de autodescoberta inspirada pelo estudo dos chakras. O álbum inicia com relatos reais, como o de “Já Contei ao Meu Amor”. A faixa foi composta por Bia ainda na adolescência, e mostra os ares juvenis da cantora. “Coisa de Lua” foi composta após um desentendimento amoroso, tão inspirada quanto “Cilada”, que conta uma história de amor. Quarta faixa, “Seramar” foi escrita durante uma volta de veleiro em Ilha Grande, no Rio. A percussão e a melodia foram inspiradas no motor do barco e na batida do casco nas ondas. “Jabuticaba” e “Carry On” encerram o primeiro ciclo de canções, e exibem a multiplicidade de Bia, que além do português, também compõe em inglês.

A segunda parte de “Ecos” começa com “Quem Olha de Fora”. Relacionada ao primeiro chakra, a faixa fala sobre a aceitação de si mesmo. “A Vida É Flor” é o segundo chakra e está ligada ao feminino e às emoções, assim como o terceiro chakra “Rumos”, que aborda a capacidade de realização das pessoas. “Abrigo” é o quarto chakra, do amor em suas diversas facetas. A faixa seguinte, “Indomada”, é o quinto chakra e versa sobre a capacidade de se expressar e de mudar o mundo. O sexto, “Eu Posso Ver”, é a música que conversa sobre a intuição de todos. “Ecos” finaliza com o som da faixa-título. O sétimo chakra está ligado ao divino e ao propósito de vida.

“Ecos” foi fruto de uma campanha de financiamento coletivo, com uma produção musical de Glaucus Linx, mixagem de Daniel Alcoforado e masterização de Ricardo Garcia.


Crédito: Camila Neves

Faixa-a-faixa
por Bia Sabino

1. Já Contei ao Meu Amor

Essa é a faixa mais "antiga" do disco, escrevi quando tinha uns 16-17 anos! Ela retrata um momento onde comecei a me sentir responsável pela mudança que queria ver no mundo, ao mesmo tempo que me sentia impotente. Foi uma música que sempre me acompanhou nas rodinhas de violão e as pessoas me perguntavam de quem era (Risos). Depois de alguns anos, ela amadureceu e eu acabei mudando algumas palavras. Além disso, esse foi o primeiro riff de violão que compus!

2. Coisa de Lua

Em contrapartida à primeira, essa é a faixa mais nova do disco. Antes de compô-la fazia alguns dias que algumas notas já estavam flutuando na minha cabeça, mas eu não sabia muito bem o que fazer com elas hahaha. Foi então que a melodia veio inteira depois de um desentendimento amoroso e eu basicamente virei a noite de tanto que fluiu.

3. Cilada

A verdade é que eu gostaria de ter estreado essa música como um presente de aniversário, mas fiquei tão animada que não me aguentei e cantei antes da hora (Risos). É literalmente baseada em fatos reais e conta a minha história de amor, muito amor!

4. Seramar

Essa música foi feita durante uma volta de veleiro em Ilha Grande depois de uma tsunami de dias e experiências lindas com pessoas de muito amor. A percussão e a melodia dela foram inspiradas no motor do veleiro e na batida do casco nas ondas. A música tem um pensamento geológico envolvido, já que praticamente tudo que existe vai em direção ao mar, e ele é sempre generoso em receber.

5. Jabuticaba

Foi a música que deu origem ao movimento de fazer o “Ecos”. Fiz essa canção depois de 1 ano sem conseguir compor nada, em uma fase bem complicada da minha vida onde eu estava desacreditada de mim. Ela veio como uma brisa que me abraçou, um sopro de luz mesmo. “Jabuticaba” surgiu inteira depois de uma das melhores meditações que fiz na minha vida. Muita gente me pergunta o que significa a tal da Jabuticaba pra mim. Fazendo uma análise, na letra eu falo "voando alto para achar um ninho que jabuticaba a gente"... em alusão à palavra “caiba” (risos). Além disso, era a primeira vez na vida onde a minha família estava toda morando em casas separadas, mas meu pai resolveu passar em cada um desses lugares levando jabuticabas pra gente e isso me fez sorrir, porque de alguma maneira estávamos juntos.

6. Carry On

Fiz essa música quando morava na Austrália, por isso ela é em inglês! Ela representa o momento onde eu me dei espaço pra ser quem eu era de verdade, longe de todas as máscaras e imposições sociais. Além disso, essa é a canção que eu mais toquei em lugares diferentes do mundo com pessoas diferentes.

7. Quem Olha de Fora

Bem diferente de todas, quem olha de fora é uma música relacionada ao primeiro chakra. Fala sobre a aceitação das partes de nós que não gostamos de olhar. Fiz essa música enquanto tomava banho, tentando me acalmar depois de uma vivência muito dolorida. Era um banheiro de camping e eu estava cantando alto, pensando toda hora que alguém poderia entrar e me achar maluca (risos).

8. A Vida É Flor

Música relacionada ao segundo chakra, ao nosso emocional e ao feminino. O primeiro nome dela foi “Mãe de Mim”. É um mantra!

9. Rumos

Ela é relacionada ao terceiro chakra, nosso poder pessoal e à nossa capacidade de realização. Eu tive que me controlar pra não fazer mais arranjos vocais, porque foi nessa música que eu descobri que amo fazer segundas vozes.

10. Abrigo

Música do quarto chakra, do amor em suas diversas facetas. A segunda parte dessa música, que é a parte lenta, veio durante uma divagação sobre quem realmente somos durante uma meditação. Ela fala sobre nos reconhecermos como amor, mesmo quando o tempo está chuvoso. Seu primeiro nome foi " Desperta".

11. Indomada

Mais ousada, indomada é ligada ao quinto chakra e à nossa capacidade de se expressar e mudar o mundo! Definitivamente a música mais difícil de fazer do disco, quase que não saiu (risos). Penei muito pra conseguir falar sobre essa capacidade de se expressar, o que é bem irônico. Além disso, é a música de maior extensão vocal do disco!

12. Eu Posso Ver

Aqui tudo se torna mais sutil. Eu posso ver se relaciona ao sexto chakra e a nossa intuição. Eu fiz essa música andando em círculos e batendo o pé no chão, por isso ela só tem 1 batida - e são passos. Foi a primeira música acapella que fiz, senti que ela simplesmente não precisava de mais nada.

13. Ecos

Música ligada ao sétimo chakra, ao universo e ao nosso propósito de vida. Tirando os tambores, tudo na música é feito com vozes e cada uma representa um dos quatro elementos da natureza, que aparecem nessa ordem: ar, fogo, água e terra. Ela é o eco de todas as músicas e de tudo que há na natureza. A princípio ela seria apenas instrumental, para fazer os sons dos elementos na natureza. Porém, durante o processo, percebi que a melhor maneira de representar tudo o que eu havia pensado pra ela seria usando a minha própria voz. Foi aí que a letra veio!

Ouça “Ecos”

Ficha Técnica
Direção Artística, letras e músicas: Bia Sabino
Produção Musical: Glaucus Linx
Masterização: Ricardo Garcia
Mixagem: Daniel Alcoforado e Glaucus Linx, com a participação de Igor Ferreira nas faixas Jabuticaba e Carry On
Gravação: Audio Rebel
Músicos: Bia Sabino  (voz, violão e arranjos), Glaucus Linx (arranjos e percussões), Pedro Leão (baixo), P. C. Andrade (cajon), Yann Vathelet (Djembé, Cabaça Africana), Leonardo Elger (solo jabuticaba).
Projeto Grafico CD: Lis Vidal
Fotografia: Divulgação - Camila Neves/ Capa do disco - Gabriela Sabino
Videos de divulgação de 1 minuto do trabalho: Saravah Filmes


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