Poesia e música são artes complementares. A força de uma molda a força da outra. Cientes desse potencial e indo fundo nas experiências sonoras, a banda paulistana Bratislava apresenta um EP em parceria com o poeta Victor Rodrigues. Com seu estilo e voz lírica, Victor cria crônicas urbanas sussurradas ao ouvido em um novo modo de pensar um livro. “Aprender a morrer” já está disponível nas plataformas digitais via Sagitta Records, e cada faixa ganhou um vídeo próprio.
Ouça “Aprender a morrer”: http://bit.ly/ AprenderAMorrerSpotify
Confira os vídeos: http://bit.ly/ AprenderAMorrerYouTube
Antes de passar por palcos como o do Lollapalooza Brasil (SP), Conexão (BH), Festival CoMA (DF), Bananada (GO) e Festival Fora da Casinha (SP) com a Bratislava, o vocalista Victor Meira já tinha uma relação de longa data com seu xará Rodrigues. E esse projeto estava sendo planejado, despretensiosamente, há anos.
“Desde o começo, os poemas do Victor me chamaram atenção, pelo caráter narrativo. Tenho certa dificuldade em assimilar certo tipos de poema em récitas, por conta da velocidade da fala. Mas os dele, apesar de quase sempre longos, eram muito coesos e divertidos ao seu modo, sempre gostei muito de sacar tanto recitados quanto lidos. Passei a acompanhar as atividades dele não só como poeta, mas como articulador cultural, na realização de saraus e workshops. Em 2013, lembro que almoçamos juntos e nesse almoço sonhamos com um projeto em parceria, de música com poesia, mas como quem joga ideias no vento, sem pretensões”, conta Meira, que começou a planejar essa colaboração com Rodrigues no fim de 2016, ao almoçarem juntos em uma famosa rede de comidas árabes.
Além de Meira, que assume vocais e sintetizadores, a Bratislava é formada por Sandro Cobeleanschi (baixo), Lucas Felipe Franco (bateria) e Alexandre Meira (guitarra). A paixão por música é algo que sempre esteve presente na vida de Victor Rodrigues, antes mesmo dele descobrir a poesia.
“Fui uma criança um pouco sozinha e ouvia muita música. E era muito curioso, gostava de pegar os encartes dos CDs pra ficar lendo as letras, adorava o jeito que as bandas faziam isso. Lembro que o primeiro CD que chapei nas letras foi do Skank. Ganhei o primeiro e depois pedia todos os outros de presente, sempre lendo as letras”, conta ele.
A afinidade pelas palavras nas músicas surgiu bem antes de abrir um livro de poemas. Um dia, Rodrigues ouviu a banda Teatro Mágico dizer que música era poesia e sentiu uma espécie de clique. Foi o momento em que Victor Rodrigues notou que tudo que o interessava era a poesia das palavras, o ritmo e o som delas - e isso sempre fez parte de sua vida e obra.
“Quando notei que as letras também eram poesias, lembrei de todas as músicas que meu avô cantarolava e que eu lembro até hoje, sempre da letra mais que da melodia. Lembrava das quadrinhas e histórias da vó. Das brincadeiras de escola, das rimas com os palavrões, de todos os raps que tocavam na minha rua e que eu sabia de cor sem nem entender. Enfim, tinha poesia o tempo todo nos meus ouvidos, só demorei pra perceber. Depois estudando descobri que poeta sempre foi cantador e vice-versa. Tá explicado”, conta ele.
“Aprender a morrer” apresenta um poeta fora de sua zona de conforto e uma banda experimentando algo novo e construindo uma terceira obra que soa coesa e conjunta. A produção musical é de Meira. A engenharia de som é de Rafael Posnik e Iran Ribas, que também assina a mixagem e masterização. O EP está disponível em todas as plataformas de música digital.
Ouça “Aprender a morrer”:
YouTube: http://bit.ly/ AprenderAMorrerYouTube
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